Decorreu esta terça-feira, no emblemático Café Calcinha, mais um momento de comunicação da 16ª edição do Festival MED, que contou com a presença da cantora Márcia. Em jeito de tertúlia, e num momento de reunião e convívio entre aqueles que vivem este evento de forma especial – público, organizadores, artistas ou produtores -, foram anunciados novos nomes e algumas novidades para este ano.
Segundo o diretor do Festival e vereador da Câmara de Loulé, Carlos Carmo, a palavra de ordem continua a ser “inovar”, não só em termos da escolha musical, que continua a ser “o mais variada possível”, mas também em termos de “organização e do conceito do recinto”.
O Paco Castelo, um dos mais emblemáticos do Festival MED, ganhará nesta 16ª edição do evento um novo conceito. Este espaço que encerra uma forte carga histórica irá transformar-se num auditório dedicado exclusivamente à música portuguesa.
Este será pois um palco onde irão acontecer concertos mais “intimistas” que, à partida, estariam confinados a auditórios mas aos quais os visitantes do Festival terão agora acesso. Para a organização, o objetivo é que o Palco Castelo seja uma montra da música de qualidade feita em Portugal junto aos turistas que visitam a cidade e que poderão também apreciar toda a riqueza patrimonial da Zona Histórica de Loulé, em particular da Alcaidaria e Muralhas do Castelo de origem medieval.
“Este Palco decorria num espaço confinado, em que por vezes existia um congestionamento em termos da circulação de pessoas. Por outro lado, temos aqui o Museu Municipal de Loulé e o impacto da trepidação no local, sobretudo durante alguns concertos, poderiam afetar as peças. Por isso, este ano decidimos mudar a sonoridade deste espaço”, explicou Carlos Carmo.
No total serão seis nomes que irão pisar este palco, com sonoridades tão diversas como o Fado, Jazz, Música Tradicional Portuguesa, entre outras. Márcia, Ricardo Ribeiro, Júlio Pereira, Ruben Monteiro e Luís Galrito com João Afonso são os artistas que irão “estrear” esta nova faceta do Palco Castelo.
A cantora Márcia associou-se a este momento no Café Calcinha com uma curta atuação que deixa antever o que será o seu concerto no MED. “A primeira vez que atuei no Festival MED foi há 8 anos. Loulé é uma terra que me é muito querida. Gosto muito desta iniciativa do Festival MED porque é um festival único para anunciar novos projetos e muito eclético e variado e, por isso, para mim é uma honra e um prazer estar neste cartaz”, referiu a artista.
Mas o público que prefere experienciar espetáculos direcionados para propostas inovadoras e arrojadas dos quatro cantos do mundo não ficará defraudado com esta alteração até porque a organização irá criar um novo espaço – Palco Chafariz, no Largo D. Afonso III – para concertos dedicados à World Music, à semelhança do que já acontece com o Palco Matriz e o Palco Cerca. “Vamos testar uma nova área onde, de resto, já acontecem espetáculos noutras alturas do ano. Isto será importante também em termos da melhoria da circulação de pessoas no recinto”, considerou o diretor do Festival MED.
Neste momento foi anunciada outra novidade no alinhamento cultural do Festival MED. Além da Música, da Poesia, do Cinema ou das Artes Plásticas, será introduzida uma nova valência cultural nesta edição: o Teatro. A Casa da Cultura de Loulé, responsável pela programação do Palco da Bica, levará também a este espaço, diariamente, uma peça de teatro que irá anteceder os concertos. Esta associação é, de resto, uma das principais representantes desta arte cénica no Concelho de Loulé.
Refira-se que o Festival MED terá lugar na Zona Histórica de Loulé, nos dias 27, 28, 29 e 30 de junho, na Zona Histórica de Loulé. Até ao momento, a par destes seis nomes que irão atuar no Palco Castelo, já estão confirmados o brasileiro Marcelo D2, Mellow Mood (Itália), Marinah (Espanha), o projeto multicultural e transnacional The Turbans (Bulgária/Israel/Irão/Grécia/Turquia/Reino Unido), Kel Assouf (Níger/Bélgica), Selma Uamusse (Moçambique/Portugal), Orkesta Mendoza (Estados Unidos/México), Anthony Joseph (Trindade e Tobago), Moonlight Benjamin (Haiti/França), Dino D’Santiago (Portugal/Cabo Verde) Tshegue (Congo/França), Gato Preto (Gana/Moçambique/Portugal) ou os portugueses Gisela João, Dead Combo, Diabo na Cruz, Cais do Sodré Funk Connection, Omiri e Camané e Mário Laginha.