“A soberana, Mãe de Loulé” sobe ao palco em Loulé

“A soberana, Mãe de Loulé” sobe ao palco em Loulé

Estreia a 21 de junho, pelas 21h30, no Cine-Teatro Louletano, a peça “SOBERANA, Mãe Soberana de Loulé”, uma criação de Ana Lázaro e Ricardo Neves-Neves.

Depois de “A FREGUESIA”, com dramaturgia e encenação de Ricardo Neves-Neves em 2017, espetáculo que encerrou o programa comemorativo dos 100 anos da Freguesia de Quarteira, o Cine-Teatro Louletano dirigiu um novo convite ao Teatro do Eléctrico para a criação de um espetáculo inédito a partir de uma temática emblemática ligada ao património imaterial do Concelho de Loulé, neste caso a Mãe Soberana.

“SOBERANA, Mãe Soberana de Loulé” é um texto de Ana Lázaro, com encenação de Ricardo Neves-Neves e direção musical de Rita Nunes, sobre a procissão e os festejos religiosos da Mãe Soberana, que acontecem anualmente em Loulé no dia de Páscoa (Festa Pequena) e duas semanas depois (Festa Grande).

«Assim que comecei a pesquisar sobre a Mãe Soberana percebi que mais do que uma manifestação religiosa, cultural e histórica, esta é, tal como o vínculo genético e intrínseco que liga a Mãe com o seu filho, parte de um corpo coletivo, da identidade de um povo.

A filiação dos Louletanos à sua Mãe perde-se no tempo e no espaço, está arreigada no sangue, nos ciclos das estações, na luta diária, na alegria e na dor que vivem, sob uma ligação íntima impar de proteção e cumplicidade. Numa relação de afeto profundamente divina, e simultaneamente, profundamente humana. E como um culto vivo que é, ele próprio – organismo. Cresce, transforma-se e revitaliza-se no corpo dos seus portadores.

Daí o desafio e o risco de escrever sobre Ela. Porque quando se escreve sobre a Soberana, escreve-se afinal sobre todos os Louletanos, sobre as duas vidas e o seu passado, sobre as suas esperanças e memórias. E isso é uma tarefa infindável. Por isso, naquilo que me é permitido, visitei episódios da Mãe e dos seus filhos, tentei auscultar como se entranham numa vibração extra-humana, que vai para além do corpo, da voz, e dos registos documentais. Como uma música sem dono, mas que todos conhecem. E resta-me esperar que esta seja uma canção que ressoe com carinho na alma daqueles que numa linguagem inexplicável, vivem diariamente o Amor da Mãe Soberana». (Ana Lázaro)

A peça, que nasce de uma coprodução do Cine-Teatro Louletano e Teatro do Eléctrico, será exibida nos dias 21, 22 (às 21h30) e 23 (17h00) de junho.

Categories: CULTURA, LOULÉ

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