Geoparques Mundiais da Unesco são tema de conferência “horizontes do futuro”

Geoparques Mundiais da Unesco são tema de conferência “horizontes do futuro”

A 23 de janeiro, quinta-feira, pelas 21h30, está de regresso o Ciclo “Horizontes do Futuro”, desta vez com uma conferência subordinada ao tema “Geoparques Mundiais da UNESCO: Desafios e oportunidades”.

Em 2015 foi aprovado o Programa Internacional de Geociências e Geoparques (IGGP), durante a 38ª Conferência Geral da UNESCO, que permitiu que mais de uma centena de territórios distribuídos por várias regiões do mundo passassem a ter a designação de Geoparques Mundiais da UNESCO. Focados nos quatro pilares desta organização — Educação, Ciência, Cultura e Comunicação — o trabalho desenvolvido por estes tem como principal linha orientadora uma estratégia de desenvolvimento territorial tipo bottom-up, assente em rigorosos critérios de avaliação. Mas o que são realmente Geoparques Mundiais da UNESCO? Quais as mais-valias para os territórios e suas comunidades de obterem esta chancela de excelência? A que estão obrigados e que principais funções têm? Que desafios e oportunidades enfrentam e por que razão se diz exigir um trabalho de gerações? Qual o papel da Comissão Nacional da UNESCO neste contexto e o do Fórum Português de Geoparques? Estas e outras questões serão debatidas, como forma de dar a conhecer o conceito “Geoparque Mundial da UNESCO”. Será debatida a visão holística por detrás do conceito, a necessidade de se envolver as comunidades locais e desenvolver um trabalho de cooperação com outros geoparques, pertencentes à Rede Mundial de Geoparques.

Espera-se que esta temática suscite a curiosidade e um maior conhecimento sobre o mais recente Programa Científico da UNESCO que assenta num desenvolvimento regional sustentado e que tem como bússola a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável proclamada pelas Nações Unidas.

Recorde-se que os municípios de Loulé, Silves e Albufeira e a Universidade do Algarve/Centro de Investigação Marinha e Ambiental têm em curso a realização do processo de candidatura a Geoparque Mundial da UNESCO do aspirante Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira.

Elizabeth Silva é licenciada em Relações Internacionais, mestre em Cidadania Ambiental e Participaçãoe doutoranda em Geografia e Planeamento Territorial (Ambiente e Recursos Naturais, Universidade Nova de Lisboa). Entre 1994 e 1999, colaborou com o Comité Português para a Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO. Desde 2000, é responsável pelo setor das Ciências da Comissão Nacional da UNESCO. É coordenadora do Fórum Português de Geoparques Mundiais da UNESCO. É, ainda, membro das seguintes entidades: Comité Nacional para o Programa Internacional de Geociências da UNESCO (IGCP), Comité Nacional “O Homem e a Biosfera” – MAB da UNESCO, Comité Português da Matemática para o Planeta Terra. É perita da UNESCO para o Programa Internacional de Geociências e Geoparques da UNESCO. Na Comissão Nacional da UNESCO trata igualmente de temas transversais como Água, Educação para o Desenvolvimento Sustentável, Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, Década das Nações Unidas para a Biodiversidade, Ética e Geoética. Acompanha várias Cátedras UNESCO na área das Ciências, como por exemplo, a Cátedra UNESCO Salvaguarda da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável (Universidade de Coimbra), Cátedra UNESCO Geoparques, Desenvolvimento Regional Sustentado e Estilos de Vida Sustentáveis (UTAD), Cátedra UNESCO Humanidades e Gestão Cultural Integrada do Território (Instituto Politécnico de Tomar), a Cátedra UNESCO Vida na Terra (Universidade do Porto/CIBIO), entre outras. É vice-presidente do Conselho Consultivo da International Association of the Global Geoparks Network (GGN) e membro do grupo de Trabalho para a Agenda 2030 na Rede Mundial e Europeia de Geoparques. É Corresponding Citizen Scientist (Board of Experts) da International Association for Promoting Geoethics (IAPG). É autora e coautora de vários artigos científicos em livros e revistas.

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